terça-feira, 14 de abril de 2015

Da crise, uma retomada;dos limões vamos fazer uma limonada!


A realidade política no Brasil nos traz ensinamentos primorosos, para quem quiser analisar sem preconceitos e com visão de futuro.

A principal é que tanto as passadas "jornada de junho" , quanto as manifestações mais recentes denotam um desapontamento generalizado com a política, em especial as instituições.Sofrem com este desgaste, em nível diferenciado, o Legislativo, o Judiciário, os setores do Estado mais problemáticos, como é o caso do sistema de segurança pública que aflige milhões de brasileiros e por aí vai.

Como vários cientistas políticos já têm assinalado, a característica presidencialista e centralizada do Estado brasileiro, leva quase que naturalmente a que a população, e em especial a classe média, veja no partido que está no comando do Governo federal e na Presidenta da República, o responsável principal pelo males que o Brasil enfrenta.
É como se dissesse para o Governo:vocês fizeram uma opção pelo combate à fome e pelos mais pobres, mas tiraram o que nós sonhamos em ter! Agora não queremos mais vocês.

Acontece que a queda do crescimento econômico e as dificuldades do Estado Brasileiro em alavancar os instrumentos para este crescimento (infraestrutura, crédito, capacitação técnica), estão sendo enfrentados dentro de uma conjuntura profundamente adversa do ponto de vista internacional.Os governos Lula e Dilma tiveram na verdade que "assoviar e chupar cana" buscando o crescimento econômico a todo custo.Nesta lógica iniciativas importantes como o acesso ao crédito,Minha casa Minha Vida, Luz pra Todos, as PPP's, o aumento de universitários e técnicos,e outras iniciativas foram ao encontro desta lógica de incremento social e econômico.

Podemos registrar também que o estrago para a economia brasileira seria ainda maior se o Governo não tivesse construído uma estratégia de aproximação com outras nações em desenvolvimento, criando os BRIC'S e mantivesse a política comercial dos tucanos, concentrada  nos EUA e na Europa,esta última vivendo uma imensa crise econômica, incapaz de ajudar à si própria.

No entanto, aqueles que conhecem a história, que estudam a conjuntura, que compreendem a complexidade da luta política sabem que o Brasil tem avançado mesmo que seja com concessões, umas necessárias, outras nem tanto.Ilusões de classe que retardaram movimentos por reformas mais profundas, e erros e acertos, mas todos parte de uma construção histórica única.

Vamos fazer então dos limões, uma limonada.Desta crise, uma retomada.Hoje mais do que combater generais torturadores, devemos disputar as mentes e os corações do povo com inteligência,sabedoria e ousadia, convictos de que estamos no caminho certo.


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