As anunciadas manifestações pelo "Fora Dilma" chamadas para hoje e segundo os comentaristas mais experientes, parâmetros para a força da oposição, estão sendo somente um arremedo do que foram no dia 15 de Março.
A presença de um público pequeno pela manhã foi a marca em Brasília, Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. Junto com isso um discurso treinado da Globo, em sua cobertura, estranhamente, ratificando a diminuição no número de participantes.
Ainda é cedo para adiantar que a oposição perde força, mas há um enfraquecimento neste momento.Podemos considerar que o movimento de maior aproximação entre Dilma e o PMDB contribui para romper o quadro recente de isolamento político da presidenta.Este é um dado.Assim como também , do ponto de vista das atitudes mais recentes do Governo, há concessões feitas ao grande capital, previstas dentro do ajuste fiscal, que podem ser interpretadas como um aceno aos setores mais conservadores de que Dilma não representa um risco maior aos interesses destes.
Não nos esqueçamos que mesmo Lula, para eleger-se fez um aceno com a "Carta aos Brasileiros", o que contribuiu para o desenvolvimento de um ciclo importante no Brasil, mesmo que contraditório, com avanços sociais e democráticos, mas sem maiores rupturas.
Inocentemente ainda há aqueles que dentro do intenso tiroteio, ainda consideram que Dilma deveria radicalizar e ir para o enfrentamento aberto.
Em política, o critério principal para qualquer movimento é a correlação de forças.Com um congresso em sua maioria conservador, uma mídia em confronto perene com o governo, uma crise econômica mundial que pressiona a nossa economia e um movimento social ainda tímido e pouco mobilizado, está claro que não se trata de um problema de "falta de vontade política" e sim de limitações objetivas da realidade brasileira, que terão que ser enfrentadas de forma estratégica, num movimento de reformas profundas no Estado Brasileiro.
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